Vontade de Vencer, Mão Contra a Roda

    "O importante não é vencer, mas competir. E com dignidade.". Esta famosa frase de Pierre de Frédy, mais conhecido como Barão de Coubertin, deveria nortear as competições em todos os níveis. A frase realmente é muito nobre, mas, muitos atletas competem para vencer, não em quinto, quarto, terceiro, ou segundo lugar, competem pelo primeiro lugar no pódio, alguns treinaram duro para isto, renunciaram ao lazer, namoro, vida social, em busca de realizar um sonho, que é o primeiro lugar no pódio. Para eles, o importante é competir e ganhar, de preferência em primeiro lugar. Esta motivação ou gana de vencer, pode vir de não gostar de perder, nem no par ou ímpar. Alguns esportes nos acostumaram mal, o futebol e voleibol, por exemplo, principalmente no caso do futebol, devido a tantos gloriosos títulos, o brasileiro, não aceita bem a ideia de medalha de prata, ou segundo lugar, o voleibol, tanto masculino como feminino, vem também nos acostumando sempre com o ouro, as meninas de ouro do voleibol, não as queremos como meninas de prata nem como meninas de bronze. Para os atletas que superaram as dificuldades pessoais, competir e ganhar uma medalha de bronze ou prata, tem um valor simbólico de ouro, principalmente pelas histórias pessoais e de superação de alguns deles, que até chegaram a passar necessidades. O importante é competir, mas, quem não gostaria de ganhar, de  preferência em primeiro lugar. Há o gosto da vitória, e o gosto amargo da derrota, gostos amargos só fazem bem quando são remédios, que fazem ficar bem depois. O ser humano não gosta de nenhum gosto amargo nem de perder. Mas, sempre há exceções, não no sentido de gostar de perder, mas,  de ver no ato de concluir a prova, atravessar a linha de chegada, como uma vitória pessoal, são os que se sentem bem apenas por estar competindo, o exemplo clássico é a corrida de Corrida de São Silvestre, os milhares de competidores, muitos deles fantasiados, mandando mensagens, ou homenageando ídolos, fazendo da corrida um grande exemplo de confraternização no esporte, eles já sabem, não chegarão entre os primeiros, mas, participam, no espírito da máxima do Barão de Coubertin. O ciclista deste post, faz-nos pensar que competir, sem dúvida, é importante, mas, não desistir, é fundamental, cruzar a linha de chegada, tentar vencer por um dedo de diferença, o atleta compete com seus rivais, mas, também consigo mesmo, ultrapassar os próprios limites. Tinha uma máxima de obstinação, que dizia: "Se não puder voar, corra, se não puder correr, ande, se não puder andar, arraste-se, mas, continue em frente". Resta uma pegunta, quem ganhou, por ser uma competição ciclística, vence o ciclista que chegar em primeiro, em cima da bicicleta, caso contrário as bicicletas poderiam competir sozinhas, ou então, seria uma maratona, se bem que, tecnicamente ele esta na bicicleta, e ambos no chão. Mas, caso você fosse o juiz, quem na sua opinião, mereceria a vitória.

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