Carro na garagem é muito nonsense, então, aparece um na
varanda, pode muito bem ser uma obra-prima
do Photoshop, inclusive, os detalhes do reflexo. Caso seja real, é uma excentricidade, poderia
ter sido colocado ali por um guindaste, seja como for, é um cenário surreal,
aparecendo muito mais que uma melancia no pescoço. Seria saudade de morar numa
casa térrea, onde se pode ver o automóvel estacionado em frente a casa. Colocar
esse carro à venda não seria difícil, mas, retirá-lo de lá, já seria outra
história, com certeza, deveria haver um abatimento referente ao preço do
guindaste usado para colocá-lo de volta no chão. O que levou o dono a tal ideia
original, excêntrica, mas, desde quando, relógios que derretem precisam ser
explicados ou elefantes voando. O carro
foi estacionado, colocado para ser visto. Exposto como instalação artística,
nas alturas. Embora esteja ao ar livre, o conceito de liberdade, a ideia de
deslocamento foi frustrada, não há por onde descer nem para onde ir, o carro
está igual o Rambo encurralado naquele penhasco, mas sem poder pular na água.
Faz até lembrar o conceito de teletransporte, no qual o destino da
teletransportação foi errado por algumas dezenas de metros. O carro na varanda
incomoda, a intenção é essa mesmo, mexe com o senso comum, com a lógica.
Seguramente, esse carro, tendo seguro ou não, é a prova de furto.
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