Num passado distante, os cursos de datilografia proliferavam
pelo Brasil, e pelo mundo. Quem quisesse trabalhar na área de escritório, e
muitas outras profissões que exigiam um documento oficial datilografado, deveriam saber
datilografar, era mesmo um diferencial. Datilografar catando milho, com os dois
dedos, não era bem visto, embora muitos
gênios literários escreveram obras consagradas apenas com dois dedos. Não era nem uma questão estética ou de
profissionalismo, uma pessoa que digitava com todos os dedos, dando espaço com
o polegar, trabalharia mais, renderia mais.
Claro, os patrões sempre querem maior rendimento dos funcionários, então,
um curso de datilografia, era uma exigência. Esses paradigmas todos já não existem, nem
mesmo a máquina de datilografia existe, bom, algumas ainda existem, numa
emergência ou em algum cartório em algum lugar onde o progresso ainda custa a
chegar. Hoje um moleque com dois dedos é capaz de criar um aplicativo de
celular, um app e ficar rico. A não ser que você trabalhe digitando muito
conteúdo, seja um roteirista ou cobre por lauda digitada, seja um programador,
web designer, teclar com todos os dedos não fará muita diferença no seu dia a
dia. Como eu disse anteriormente, não será o número de dedos que vai
influenciar no resultado final, mas sim a competência. Bom, se você prefere falar através dos dedos,
teclando pelo skype ou outro mensageiro,
isso vai poupar-lhe muito tempo, também
nas linhas de código, um tempo considerável será poupado. Digitar sem olhar
para o teclado aumenta a fluidez, pois toda hora que se tem que olhar para o
teclado são segundos sem nada digitado. Essa tirinha parece ter mais um fator
psicológico, pois passa a impressão que bastou apagar a luz para haver uma
dúvida sobre a exata posição da teclas. Parece ser bem psicológico o efeito,
uma insegurança causada pela escuridão do ambiente. Por que alguém precisaria
teclar com as luzes apagadas?. Com toda
certeza porque tem alguém querendo dormir no ambiente ou assistir a um filme em
casa. Com relação à máquina de datilografia, eu li, faz algum tempo, mas não posso afirmar se é lenda ou realmente
aconteceu. Havia um pai e seu filho, a criança já nascera no mundo digital, já
nascera com um tablet na mão, então, ela estava com o pai dela num antiquário,
quando viu um senhor datilografando numa máquina de datilográfica, claro, numa
máquina de moer cana que não era. A criança, disse ao pai, impressionada: “Olha
pai, que legal!. O homem tecla e já imprime direto na impressora!”. Se eu nunca
tivesse visto uma máquina de datilografia, talvez eu a chamasse de: “impressora
com teclas” que ao invés de cartuchos de tinta, usa uma fita presa em duas bobinas ou carretéis. Quando eu ia com meu pai ao centro de São Paulo, passávamos num bar e lanchonete, também conhecido como boteco,
onde ele pedia guaraná e bauru, se você pensa que paulistano só come pastel e caldo de cana, você se enganou. Perto havia um comércio, onde se
vendiam e consertavam máquinas de datilografia, realmente, era muito
importante, certamente, o dono deveria faturar muito, comercializando, reformando e vendendo máquinas para São Paulo e todo o Brasil. Talvez, ele nunca imaginasse que o
computador destruiria o negócio dele, o computador e a internet destruíram muitas
profissões e fizeram muitas tecnologias se tornarem obsoletas. Algumas
profissões sofreram transformações drásticas, muitos, simplesmente, não
conseguiram assimilar a nova tecnologia. Ao mesmo tempo, os computadores e a
internet fizeram e estão fazendo surgir uma infinidade
de novas profissões, só para citar algumas:
Gerente de Comunidades e Redes Sociais; Especialista em SEO (Search
Engine Optimization); Editor de Conteúdo; Especialista em usabilidade. São mais
de 20 profissões, outras já estão chegando, outras ainda virão, não tem fim. São
as chamadas profissões da era digital, que talvez durem até a chegada da era
holográfica ou da realidade virtual projetada holograficamente. Pelo menos, o Tony Stark, Homem de Ferro, já
se encontra nela. É um passo lógico que já está sendo tentado, manipular uma
holografia projetada no “ar”, na nossa frente. O Homem de Ferro não foi o
primeiro filme a sugerir isso. Quem achou ridículo o Capitão Kirk falando ao
seu “comunicador”, em 1966, que parecia um telefone celular, viu e usa um
desses hoje em dia. A ficção científica acertou muito, claro, errou também.
Alguns filmes e seriados foram visionários. Há também, na internet, filmes em
preto e branco, com supostos viajantes do tempo, falando em supostos
celulares. Claro, há uma explicação
lógica para essas cenas e fotos, mas, aquele nosso lado curioso e de teoria da
conspiração, aguça-nos a achar pelo menos interessante. Tem um filme do Charles Chaplin,
1928, uma senhora transeunte passava, falando no suposto celular, não sei qual
a operadora ela usava, mas o sinal parece estar estável. Pelo menos, por curiosidade e entretenimento, eu recomendo o vídeo:
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