A resposta à pergunta dependerá de como você interpretará a
imagem. Ora será vista com peixe, ora como mulher. O desenho ambíguo ou imagem
ambígua é interessante e intrigante. Percebi que algumas pessoas têm um pouco
de dificuldade de fazer a transição entre uma e outra interpretação, mas, com
alguma explicação, paciência e insistência, é possível, sim, visualizar uma e outra imagem.
Na verdade, o desenho não é “mutável”, nossa percepção que escolhe
interpretá-lo de uma ou de outra forma. Nessa imagem ambígua ou desenho ambíguo, pela posição,
há uma indução para primeiro interpretá-lo como um peixe num prato ou travessa, depois, “mudando a percepção”, podemos
ver uma mulher, a travessa é o cabelo,
está com um olho aberto e o outro fechado, piscando, os cílios são uma das
barbatanas. O rabo do peixe também é o pescoço da mulher, no caso, uma roupa
cobre-o. Inclinando um pouco a nossa cabeça para a esquerda, facilita vê-la ou
visualizá-la. Existem outros exemplos
clássicos do desenho ambíguo ou percepção mutável: a moça e a bruxa; o coelho e
o pato, etc. O mais interessante é que o desenho, ao mesmo tempo, é uma mulher e um peixe. Nós que optamos,
escolhemos, "ver" mulher ou peixe, coelho ou pato, sem ser o caso da mitológica sereia que é
metade de cada um. Lembra mesmo alguma explicação quântica. O observador “interfere”, nesse caso, a interferência é uma
opção, uma escolha na interpretação, diretamente, no que é observado. Opta por
uma ou outra interpretação do desenho, sendo que ambas continuam coexistindo. O desenho se “comportará”
ora como peixe, ora como mulher, dependendo o que queremos "ver", visualizar ou interpretar. Há uma dualidade no desenho, se a luz é onda-partícula, o desenho, nesse caso, é peixe-mulher; mulher-peixe, assim como o outro é coelho-pato; pato-coelho. Claro, quando comparei a dualidade onda-partícula da luz,a física quântica e o observador com o desenho ambíguo, tracei um paralelo.
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