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Japão, Trem Pikachu / foto: divulgação |
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Coreia do Sul, Metrô temática praiana |
Segundo informações, a foto do piso praiano é de Seul, Capital da Coreia do
Sul. Essa intervenção urbana metroviária no piso do metrô é
impressionante. A não ser que haja algo
no chão, dificilmente, reparamos no piso do metrô. Essas imagens de pegadas na
areia e água do mar são relaxantes, quebra o clima pesado e cansativo de um dia de
trabalho ou ajuda a se acalmar durante o trajeto até o trabalho. As ondas ou
vagas dentro do vagão do metrô não molham os pés, ou melhor, os sapatos, sandálias, saltos e
tênis nem a areia é fofa, mas remete à lembranças ótimas. É possível viajar, viajando de metrô, no sentido de imaginar. Não sei qual foi o
critério de escolha das pessoas que entraram no vagão, se foi por lugar vago ou
se as da esquerda gostam de molhar os pés, e as da direita preferem pisar na
areia. Para molhar os pés, é óbvio, primeiro precisa pisar na areia, mas, metaforicamente, nesse caso, do piso temático, essa lógica cai por terra. Alguns desembarcarão pelo lado da "areia", sendo que entraram direto do cimento da estação para a "areia" do piso, outros na "água". Talvez, haja
um piso de grama noutros vagões, pisar na grama é muito relaxante. Vendo o ponto de fuga da foto do metrô praiano, a passagem que leva ao outro vagão, a cor do piso é diferente dessa de temática praiana, talvez, uma praia de corais ou um lago com carpas. Essa ideia
poderia ser adotada nos metrôs brasileiros, porém, primeiramente, as pessoas
teriam que estar sentadas para poder apreciar a vista, não panorâmica, mas "pisorâmica" do metrô. O que
acontece é que ainda os sistemas ferroviário e metroviário carecem de muitos quilômetros de malha metroviária e ferroviária, e de vagões. A malha ferroviária anda mais malhada que Judas em Sábado de Aleluia. Governos do passado deram prioridade às rodovias e estradas, deixando as ferrovias em segundo plano. Nesse gigante que acordou, pais de dimensões continentais, chamado Brasil, negligenciar as ferrovias foi um grande erro. Mas ainda é tempo de se redimir. A
superlotação ainda é problema nos horários de pico, tanto no metrôs como nos
trens. Ironicamente, a menina dos olhos, onde se investiu muito, encontra-se com um cisco no olho, que são os congestionamentos monstros nos horários de rush. Como é difícil construir mais estradas, só existe uma solução: investir em transporte público. Claro, que seria maravilhoso
implementar esse piso de praia no metrô,
mas, com os passageiros todos espremidos em pé, como alguém poderia apreciar a
intervenção urbana metroviária ou ferroviária num amontoado de pessoas. Os governos sabem que é preciso mais quilômetros de metrô, mais malha ferroviária, anunciam futuras linhas, inauguram algumas poucas, ampliam outras, mas sempre parece que é pouco, porque realmente é mesmo. Sentir-se uma sardinha numa lata é diferente de apreciar a beleza da praia.
Metrô e praia, essas associações impensadas se encontraram de modo criativo numa das fotos do post. Pessoas vestidas com roupas sociais, ternos, sem seus biquínis e sungas. Com certeza, o objetivo dessas
temáticas calmas e bucólicas é diminuir o estresse, humanizar o transporte
público, trazer um bem-estar às pessoas que se utilizam do transporte público. Só
depois de resolvidos os problemas de superlotação, essa melhoria visual tem
sentido e eficácia. No Japão, ideia semelhante foi feita, exteriormente, na estrutura dos trens, a temática anime e mangá decora trens, o resultado é fantástico. Há alguns anos, o trem Pikachu fez um enorme
sucesso, assim como o trem Galaxy Express 999, Doraemon, entre outros personagens. Na foto do metrô praiano, as pessoas podem dizer: "O metrô é minha praia".
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