Quem não se lembra do famoso mágico, ou melhor, #ilusionista
Mister M, ele era mascarado no sentido de cobrir o rosto, não no sentido de
manter algo para si, o “mascarado”, na gíria futebolística de várzea, significa
o jogador que não passa a bola para o companheiro de equipe, ou seja, o
fominha. Mister M quebrou um dos códigos
mais antigos, ele revelava como o truque era feito, revelava o segredo do
ilusionismo, enfim, ele assassinava a #mágica da própria mágica, quero dizer, do
ilusionismo. Por isso foi jurado de morte, com certeza, por outros ilusionistas
que ficaram indignados e desempregados, por terem seus segredos escancarados em
plena televisão. #Mister M não conseguiu acabar com o ilusionismo, pois dezenas
de outros elaborados truques foram criados, e ele não conseguiu desvendá-los.
Mister M sumiu dos holofotes, e o ilusionismo continua firme e forte. A foto do post não revela um segredo tão drástico, mas uma #curiosidade, traz um conceito que aprendemos
no jardim de infância com massa de
modelar. Na praia, colocando areia dentro de uma fôrma ou molde
ou apertando o molde contra a areia, o resultado final é que o molde é
preenchido e a areia ou massa de modelar moldada, feita repetidas vezes na areia, tem-se um padrão. Os confeiteiros e as donas de
casa fazendo seus biscoitos em formas de estrelas, corações, os artesãos com moldes de silicone para velas,
etc. Embora não saibamos exatamente os detalhes do processo de muitos objetos e peças,
sabemos que são produzidos em série e padronizados, porque saem de formas ou
moldes. Segundo o ator #Lima Duarte, a
expressão: “feito nas coxas”, que é usada para dizer quando algo não foi bem
feito, vem de telhas que eram feitas usando a coxa, parte da anatomia humana,
para moldar as telhas. O conceito de fôrma ou molde é
ampliado para o calçamento. Em pavimentação existem os chamados bloquetes, que são amplamente usados na #pavimentação. São conhecidos também por #pisos intertravados
de concreto, há o piso intertravado sextavado (6 faces), que lembra o padrão de
casco de #tartaruga; há o piso intertravado 16 faces, entre outros. Existe
também o #ladrilho hidráulico, que poderia ser chamado de “calçada da fama”,
porém nela não se encontrará o nome de nenhum artista famoso, mas, olhando para
baixo, é possível ver o desenho do mapa de #São Paulo; assim como o padrão de ondas no #Calçadão de Copacabana, que, originalmente, foi feito por calceteiros vindos de #Portugal, assim como as pedras calcita branca e basalto negro. O padrão de ondas do Calçadão de Copacabana, que, originalmente, era perpendicular ao mar, não mantinha a continuidade das
ondas, quebrando a expectativa visual, depois de uma grande ressaca, nos
idos dos anos 30, as ondas da calçada, que ainda não era Calçadão, passaram a
ser paralelas ao mar. Em seguida da importação das pedras, grandes jazidas
foram encontradas nas proximidades do #Rio de Janeiro, com isso, as pedras nunca mais precisaram ser importadas de Portugal. Nos idos dos anos 70, coube ao arquiteto paisagista, Roberto #Burle Marx, também pintor, escultor, designer, ceramista e tapeceiro, de fama mundial, duplicar a orla,
ampliar as curvas, cravando nas pedras o aumentativo: Calçadão. Essa #identidade visual
do padrão de ondas, logotipo mundialmente famoso, as ondas formadas por pequenas pedras, no Calçadão de Copacabana, têm fama internacional, já estão eternizadas, como as #ondas do mar. Algumas #cidades já adotam um padrão de identidade visual no calçamento. É muito interessante,
pois, não só para as paredes as pessoas olham, também olham para o chão,
quanto mais #arte existir, melhor. Em 2006, houve o maior encontro de pedras, areia e mar de que se teve notícia, os #Rolling Stones tocaram na #Praia de Copacabana,
todos ficaram felizes, e ficou pedra sobre pedra, claro o palco foi montado na #areia, mas as pedras estavam lá, próximas, de testemunhas. Se eles tocassem na ilha de #Páscoa, onde há os gigantas de pedra, os #Moais, seria outro encontro de gigantes, uns só de pedra, os outros de pedra, carne e ossos.
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