Quando eu costumava fazer trilhas, acampar, enfim, era um #Trekker
ou #Trilheiro sempre me preocupei com
essa questão da preservação #ecológica, mesmo quando isso não era moda nem o
turismo ecológico tinha tanta força, como hoje em dia. Há frases e ensinamentos
que escutamos ou lemos, e isso nos marca para sempre, assimilamos e levamos
para o resto da vida. Mas o conhecimento sem aplicação prática do mesmo, não
ajuda muito. Lembro de ter ouvido o que se dizia ser os “mandamentos” dos
trilheiros, trekker, pessoas que gostam desse contato com a natureza e a respeitam no sentido de #flora e #fauna, dizia
assim: Na #natureza, não se mata nada
além do tempo; não se tira nada além de fotos; não se deixa nada além de
pegadas. Enquanto eu olhava essa cena da foto, pensei, mas eu nunca fiz isso,
com certeza, muitas pessoas que estão lendo esse post não fazem isso, se já fizeram, não deveriam voltar a fazer. O #contexto, porém, mesmo que implícito, mostra que é nossa espécie, a humana, que
comete esses atos. Embora essa carapuça
não nos sirva, pelo menos para muitos de nós, como indivíduos, ela é feita sob
medida para a nossa espécie. Apesar de nenhuma espécie vier nos cobrar
verbalmente, sobre isso, mas cobra através da vocalização de seu #sofrimento, da
contaminação de seu habitat, com um pedaço de plástico enroscado no bico ou nadadeira, #petróleo impregnado nas penas e pelo #corpo, através do sofrimento causado a elas. É verdade que também deixamos pegadas na #areia, mas parte da espécie humana deixa um rastro de destruição, sujeira e
contaminação, seja na areia da praia, campo e cidade, que não pode ser atribuída a outra espécie. Infelizmente, alguns
desses vestígios demorarão centenas de anos para desaparecerem. Comparadas com
outras espécies, a humana é apenas um lapso de existência no tempo, mas capaz
de modificar drasticamente seu meio ambiente, destruir e, consequentemente, afetar
negativamente outras espécies e a si própria.
Temos muitos motivos para nos orgulharmos, mas também para nos
envergonharmos, claro, quando nos situamos como espécie e comparamos a nossa
com as outras duas da foto. Há #ONGs e
moradores que saem limpando esse tipo de #lixo, que turistas deixam, isto é,
deixando por outras pessoas, algumas são mesmo moradores da região, nesse momento, sentimos orgulho da nossa espécie, ela é capaz de reparar erros de outros indivíduos. Examinando a #história, a espécie humana foi capaz das mais terríveis
atrocidades contra si mesma e outras
espécies, já possuiu ogivas nucleares com capacidade de destruir o planeta #Terra dezenas de vezes.
Vem aquele #otimismo, quando lembramos do #projeto #TAMAR, que preserva as #tartarugas, quando alguém resgata e cuida de um animal machucado, salva a vida
de outra pessoa, quando a #mobilização nacional diante de uma #tragédia e a solidariedade das #doações destinadas à desabrigados e atingidos por essas calamidades. Quando existe um questionamento sobre a espécie humana, quando alguém diz, indignado, indiretamente, inconformado: “Como o ser humano é capaz
disso!”. Mesmo que imagine a pessoa, individualizada, distante moralmente,
eticamente, ele, no fundo, quer dizer: "Como um semelhante é capaz de tal ato?!". O
incômodo deve se originar em pensar que espécies consideradas "irracionais" são muito
mais evoluídas do que alguns humanos que
estão em cima do pedestal da "racionalidade" deles. Eu nunca vi um #cachorro jogar um #sofá inteiro dentro de um córrego ou pássaros entupirem as bocas de lobo com lixo jogado nas ruas, esse lixo, que parte da população joga, é como um bumerangue, a diferença é que ele não volta só para quem o jogou, volta para a população de um bairro ou cidade inteira. Seria ótimo que chegasse o dia que sentíssemos muito
mais orgulho do que #vergonha da espécie humana. Esse ponto de virada, onde
teríamos muito mais a nos alegrar do que a nos entristecer. A tentação é grande de dizer
que são comportamentos isolados, mal educados, de “indivíduos”, que não se pode
generalizar. Mas, a foto é clara, a contextualização não deixa
dúvidas do que está sendo comparado: as espécies. Caso algum #extraterrestre, EBE (Entidade
Biológica Extraterrestre) esteja lendo isso, teria algum argumento plausível. Enquanto espécie, a humana tem a mea-culpa, mea maxima culpa, a “máxima
culpa dela”, para os #seres mitológicos e folclóricos: #Minotauros, Centauros,
Sereias, Lobisomens restaria a meia culpa, metade da culpa, da parte humana, claro. Eu me #orgulho das fantásticas conquistas da nossa espécie, da nossa civilização, mas, hoje, nessa comparação da foto, eu senti vergonha pela nossa espécie. Não se preocupe, se você ficou #desanimado, há a postagem do indiano que abriu caminho através de uma montanha, com uma simples marreta, para diminuir de 70 km para 1km a distância até o hospital mais próximo. Senti um enorme orgulho da nossa espécie. Essa foto poderia ter muitos desdobramentos, o principal deles é uma reflexão, enquanto espécie.
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