Aquelas cenas de centenas de milhares de pneus amontoados,
servindo como criadouro dos mosquitos da dengue, são cada vez mais raras. Apesar disso, um
grande foco de proliferação do mosquito dengue, em São Paulo, foi num depósito, a céu aberto, de carros apreendidos, alguns já em péssimo estado de conservação,
dessa vez, a culpa não foi apenas dos pneus,
mas dos carros com as peças deles expostas, que serviram de criadouro para o
mosquito da dengue. Os pneus usados, aos poucos, deixam de ser o vilões da natureza,
segundo ambientalistas, um pneu descartado na natureza, leva cerca de 160 anos
para se degradar, “sumir”. A reciclagem
é um dos caminhos, triturar os pneus
usados e usá-los na fabricação de piso, concreto, manta. A utilização dos pneus
usados como vaso, brinquedo e móveis é outra alternativa. O Brasil, seguindo o exemplo de outros países,
percebeu o potencial dos pneus usados para serem utilizados na pavimentação asfáltica,
pneus usados, triturados, entrando na composição do asfalto. Os pneus que
rodaram pelas estradas da vida, depois de usados, retornam ao asfalto, não
rodando, mas entrando na composição do asfalto-barracha. Embora haja centenas de pontos de coleta por
todo o Brasil, pneus usados ainda são vistos descartados de modo errado. Ainda
faltam mais pontos de coleta e falta conscientização, mas o futuro é muito
promissor. Com imaginação, até uma armadura de pneu pode ser criada, num futuro
improvável apocalipse zumbi, essa armadura de pneu seria muito útil, é verdade
que há alguns pontos vulneráveis, mas, no geral, o corpo está bem protegido.
Esse post poderia ter tido o título de:
Robocop de Borracha; Pneuman. Qualquer problema na armadura, basta encontrar a
borracharia mais próxima. Num emergência, escondendo a cabeça e se agachando, a
pessoa vira um amontoado de pneus. Mais improvável que uma armadura feita de
pneus, é se vestir usando pneus, as ombreiras ficaram anos 80. Lembrou um pouco
o filme Mad Max, pós-apocalipse, colapso da sociedade, gangues, luta por
combustível fóssil. Ao que parece, segundo os cientistas, possíveis guerras no
futuro não serão causadas pelos combustíveis fósseis, mas por um líquido
indispensável à vida, a água potável.
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