Tudo estava saindo como o planejado, até tirar a fôrma do
forno. Entrou no forno como boneco de neve, e saiu como o geleia dos Caça-Fantasmas. Uma fôrma com a silhueta do boneco de neve
teria sido a solução. Nem tudo está perdido, a obra de arte comestível deixou
de ser obra de arte, mas ainda é comestível. Se fosse cortado em dezenas de
pedaços, ninguém jamais saberia que a ideia falhou. A ideia foi fazer o antes e
depois, porém o depois não saiu como o esperado. O boneco de neve, mesmo em forma de massa, não se deu bem no
forno. Havendo convidados, bastaria abandonar a ideia original e apresentar a
fôrma como o geleia dos Caça-Fantasmas, confeitaria e cinema podem ter tudo a
ver. Não que o forno seja igual ao receptáculo do filme Caça-Fantasmas, mas o
personagem colocado lá passa por uma transformação radical, de neve a
ectoplasma. A frustração foi muito mais por ter ficado disforme do que pelo
gosto, ele está intacto na forma. Embora
isso não influencie em nada no gosto, a sensação de ver o boneco de neve “derretido”
na forma não é das mais agradáveis. Parece que o fermento foi o responsável por
inflacionar a forma do boneco de neve, sem nada para manter, delimitar a forma,
o boneco de neve se expandiu para atém das formas delimitadas pela moldagem da massa. Não foi uma
tragédia na confeitaria, mas é um pouco desmotivacional. Dar expressão,
fisionomia e forma e, o mais difícil, mantê-las durante o tempo que se está
assando no forno requer alguns truques e dicas. Receita,ingredientes, modo de preparo, tempo ao forno, tudo precisa ser seguido à risca ou o insucesso é certo. O boneco de neve, a massa, foi modelado com muito esmero, até o cachecol foi
lembrado. Na segunda foto, a hora da verdade, depois que fôrma é retirada do
forno, a decepção foi grande. Ela está com as luvas de amianto, o que significa
que a foto foi tirada segundos depois de ela
ter retirado a fôrma do forno. Estou certo que todos nós compartilhamos essa
frustração que ela sentiu. Realmente, é muita pena você se esforçar para fazer
algo com dedicação, mas, por algum motivo, o resultado esperado não é
correspondido. Não é um fracasso na primeira tentativa que determinará o
futuro, os exemplos, nas mais diversas áreas, de invenções, experimentos e procedimentos que
não foram um sucesso na primeira vez são vários, por exemplo, o Thomas Edison e o tempo gasto até ele e a
equipe dele descobrirem o filamento adequado que suportasse a passagem da corrente
elétrica sem queimar, foram dezenas e dezenas de tentativas e fracassos até que a lâmpada elétrica fosse um
sucesso. Até podemos imaginar Edison
segurando uma lâmpada, depois, noutra foto, ele segurando uma lâmpada queimada,
tal como na foto do post, mas o que determinará o sucesso é o quanto se é capaz
de persistir, continuar, depois de um ou inúmeros fracassos.
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