Resumo das férias, depois do Meme: “Preciso de 6 meses de
férias, duas vezes ao ano”, esse do post traduz bem o conteúdo programático ou
como os dias de férias foram aproveitados, os planos para o dia, sem generalizar, claro. A variação
dos personagens traz uma dinâmica, como se um período do dia ou de muitos dias de cada um,
durante as férias, fosse pinçado. O detalhe de se comer besteira, na hora do
almoço, é frisado. Um deles é visto fazendo a sesta, aquele momento, depois do
almoço, que a pessoa descansa, tira um cochilo. A pizza e o refrigerante podem
ser vistos na mesinha de centro. Em seguida, o período da tarde vai se
esvaindo, uma olhadela pela persiana, um dia lindo e ensolarado, a hesitação em
dar uma volta ao ar livre, depois, a mudança de ideia. A diferença entre curtir
as férias assim e os fins de semana, praticamente, não existe. Atire a primeira
tecla (não pedra) quem já não fez algo assim, durante um fim de semana. Quem já
não passou um fim de semana em frente ao computador, enquanto o sol lá fora
brilhava e morria, sim, ele é uma estrela, consumindo o próprio “combustível”,
trocamos a luz do sol pela do monitor, às vezes. Eu
me lembrei do filme: Curtindo a Vida Adoidado, um dos ícones da juventude dos
anos 80. Apesar dos três amigos serem politicamente incorretos, isso não invalida a mensagem do filme. Ferris Bueller, interpretado por Matthew Broderick, finge estar doente para cabular aula, junto com a namorada, Mia Sara, e o
melhor amigo, Cameron, que é hipocondríaco, filho de pais ricos, é
muito infeliz, triste e melancólico. A mensagem mais clara do filme é como um
dia pode ser aproveitado, a cena do museu, onde Cameron fica de boca
aberta, ao descobrir que o quadro: Tarde
de Domingo na Ilha de Grande Jatte, do pintor Seurat, é,
na verdade, composto de centenas de milhões de pinceladas, o pontilhismo
ou pós-impressionismo. As façanhas de como se aproveitar um dia são tão
envolventes que nos esquecemos de que o melhor amigo de Ferris, está segurando
vela o filme todo. O filme continua atual, pois ter um dia fantástico para recordar,
sempre vai cativar o imaginário de todos. O filme poderia ter virado uma
franquia de sucesso, isso foi cogitado na época, a entrada na faculdade ou o
primeiro emprego de Ferris Bueller. É provável que o medo da maldição das
continuações ou o fantasma do fracasso das sequências tenha impedido essa
tentativa. É um período de tempo muito
específico e especial que todos vivemos, se lembrarmos do genial seriado, que
gira em torno dos anos 80, Todo Mundo Odeia o Chris, que foi encerrado, devido
a ter abrangido a parte relevante, importante, que ao mesmo tempo estava
atrelada a idade cronológica do ator, faz todo sentido não ter tido uma
continuação de: Curtindo a Vida Adoidado.
As especulações sobre que tipo de adulto Ferris Bueller teria se
tornado, assim como um filme sobre a vida adulta dele sempre continuarão. Será que ele teria sido um Charlie Harper, do
seriado Dois Homens e Meio, interpretar um papel é bom, mas interpretar você
mesmo é melhor ainda, mais fácil, mais convincente. Charlie Sheen (nome de batismo: Carlos Irwin Estevez) faz
uma ponta no final do filme Curtindo a Vida Adoidado. Ele é o drogado na
delegacia, o ator ficou 48 horas sem dormir, para interpretar a fisionomia de
um drogado. Emilio Estevez, que é irmão de Charlie Sheen, recusou o papel de
Cameron. Uma família de excelentes e competentes (um pouco problemático :Charlie Sheen)
atores. O pai deles, Martin Sheen,
estrelou o filme: Apocalypse Now. Charlie Sheen, o filho, interpretou o recruta voluntário, Chris, no filme: Platoon. Na guerra do Vietnã, a mesma abordada em Apocalyse Now. O ator Johnny Depp aparece discretamente no filme Platoon, quase desapercebido, como o mundo da voltas, hoje ele ele escolhe que filmes e papéis quer interpretar.Voltando ao filme: Curtindo a Vida Adoidado, ele continua atual, se um filme
fosse feito sobre Ferris Bueller adulto, o maior desafio dele seria tirar o Ferris
Bueller Júnior da frente do computador e ensiná-lo a Curtir a Vida Adoidado.
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