Ele acaba de sair do forno, mas ainda não é o mais novo lançamento da gigante
Apple. Esse sonho de consumo, no caso, de se consumir mesmo, comer, degustar, é
um biscoito em forma de iPhone, onde podemos ver a fôrma na qual ele foi assado. Depois de sair da fôrma,
ele é personalizado nas mais diversas cores que se queira. Inconscientemente,
na mente dos adultos, deve causar efeito
parecido como aquele que os biscoitos em formato de animais causam nas
crianças. A diferença é que além do efeito lúdico, divertido, aguça o desejo de
ter um aparelho. É a prova clara que nem os produtos alimentícios escaparam da
influência dos dispositivos móveis de última geração. Se o sonho de consumo não pode ser adquirido,
por enquanto, para amenizar esse desejo comer um biscoito iPhone é, no mínimo,
uma experiência divertida. Estou certo
que essa invasão não se restringe apenas ao biscoito, ela abrange outras
guloseimas da confeitaria, espero encontrar, brevemente, bolos em forma de
tablets, entre outros. Os experts em gastronomia deram a dica faz tempo:
primeiro se come com os olhos, apesar de os ingredientes serem importantes, a
apresentação faz muita diferença. É bem provável que veremos alguém chegar numa
padaria ou confeitaria e ouvir um cliente pedindo 12 iPhones, embrulhados para
viagem. Os biscoitos e receitas que são veiculados, exibidos, nos sites e
blogs, visualizados nos monitores dos iPhones, inclusive de outras marcas,
agora tomam o forma dos próprios dispositivos. Aquela ditado cliclê: “você é o
que você come”, poderia ser também: “Você come o que você usa ou sonha ter”. Eu sei que irão
me enviar e-mails perguntando onde comprar a fôrma do biscoito, eu lamento, mas
não faço ideia. Esse post também não é
um publieditorial, ou seja, não estou ganhando um centavo para mencionar o iPhone
da Apple. Esse biscoito renderia uma boa pegadinha, colocá-lo dentro de uma
embalagem original do iPhone, presentear um amigo, no aniversário dele, ele
rasgaria o embrulho do presente, abriria a caixa, bom, acho que a fisionomia
dele se alteraria um pouco. Nunca antes, na história da confeitaria e padaria,
houve uma relação tão estreita entre tecnologia e confeitaria.
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