Dormindo Com Estilo No Metrô

       Quem já não viu alguém tirando um cochilo na condução. A pessoa está sentada no banco do ônibus, metrô e trem, até mesmo cochilando em pé, segurando no apoio para as mãos e nas barras. O sono traiçoeiro não perdoa. Ao ver alguém dormindo, vem logo a pergunta: Será que a pessoa vai perder o ponto de descer?. Como ela consegue acordar no ponto certo?. O cérebro cria um timer que a faz acordar antes do ponto dela chegar?. No caso dos ônibus, dos passageiros que pegam sempre o mesmo ônibus, no mesmo horário, se o cobrador for camarada, ele pode dar um "toque" para que o passageiro não perca o ponto, se estiverem próximos, para quem sentar no fundo do ônibus, será impossível. Se pensarmos em trens e metrôs, alguém, alguma vez,  deve ter dormido e acordado na estação terminal ou mesmo voltado e acordado em algum trecho do ponto que estava, antes de chegar lá, desorientado, como se tivesse sido abduzido por extraterrestre e devolvido num ponto do trecho. Já que é para dormir na condução, por que não fazer isso em grande estilo, com um pequeno travesseiro e uma máscara para dormir. Pode ser que ele nem esteja dormindo, apenas tentando descansar, enquanto conta, mentalmente, as estações até chegar na qual ele desembarcará. De qualquer forma, não é nada seguro, ele está próximo à porta de embarque e desembarque, se uma pane acontecer, as panes acontecem, a porta pode abrir, e o Soneca cair do metrô em movimento, o que seria um verdadeiro pesadelo. Outro fator negativo é que a venda nos olhos e o sono deixam a pessoa vulnerável à ação de marginais que podem aproveitar a situação para furtar objetos. O que deverá facilitar a vida dos passageiros, pelo menos na questão de espera, são  os apps (aplicativos para celulares e smartphones) que avisam onde o ônibus está. Um app colaborativo, Buus, do Rio de Janeiro, dá a localização do ônibus, pode-se até saber se ele está lotado ou não, graças às informações compartilhadas dos próprios passageiros. É o fim das horas esperando à toa no ponto de ônibus, imaginando em qual trecho do percurso o ônibus estaria. Em São Paulo, há o app: Cadê o Ônibus?, disponível apenas para as linhas da cidade de São Paulo (SPTrans e EMTU). Existem outros apps, muitos deverão surgir, tanto os ônibus das linhas privadas quanto os das municipais e estaduais deverão, num futuro não muito distante, contar com um GPS a bordo e disponibilizar o banco de dados do itinerário para empresas desenvolverem apps que evitarão desperdício de tempo com a espera nos pontos de ônibus. Saber as linhas existentes numa região, a previsão de chegada, poderá garantir um tempo a mais de sono na cama, ao invés dos cochilos intermitentes nas conduções. Há um site que oferece essas informações que podem ser acessadas em casa, pelo computador ou dispositivos móveis de última geração. Aquela clássica pergunta,  que alguém faz assim que chega no ponto de ônibus: "Você viu se tal ônibus já passou?". Num futuro próximo, deixará de existir, ou melhor, de ser feita.

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