Independente do tamanho e design, permanecer com fones de
ouvidos, por algum tempo, sem estar ouvindo nada, acontece. Esse isolamento do mundo ao nosso redor, quando usamos os
fones de ouvido, continua por uma distração, quando nos esquecemos de tirá-los
do ouvido, esse abafamento, quer seja pelos fones circumaural, aqueles
parecidos com conchas, que envolvem as orelhas, quer seja pelos
supra-auriculares, intra-auriculares, auriculares, todos são passíveis de
esquecimento. Esse momento estranho, de esquecimento, só será percebido pela
própria pessoa, a não ser que seja daquele tipo que deixa o som no
último volume, quando até quem fica perto consegue ouvir. Nesse caso, as pessoas que estão perto
perceberão que a música alta parou, mas os fones continuam lá. O que mais
impressiona as pessoas ao redor é que para elas estarem escutando a música, é
sinal que o som deve estar de “estourar” os tímpanos. Pior que sentir esse
momento estranho de estar com fones, mas sem ouvir nada, é estar imerso nesse mundo interior, alheio ao que acontece em volta, por exemplo, andando pela rua no dia
a dia. Esse podia ser descrito como: aquele momento estranho, quando coisas
terríveis estão para acontecer, mas você não ouve, porque está com o fone de
ouvido, ouvindo música no máximo volume. Fora a distração perigosa, há a perda
auditiva, especialistas recomendam 85 decibéis, para, no máximo, 8 horas, por dia, mas os tocadores de MP3
ultrapassam os 100 decibéis. O tempo ouvindo música pode facilmente passar de 8 horas por dia. Na
Europa, o limite máximo dos tocadores de MP3
é 100 decibéis, e, obrigatoriamente, os aparelhos já saem de fábrica com
essa limitação de decibéis. Um conselho útil é nunca ultrapassar a metade do
controle de volume. Descobriu-se que as pessoas escorregam o dedo no controle
de volume, quando estão ouvindo a música ou banda preferida, ou seja, a nossa música preferida e banda preferidas poderão nos deixar com perda auditiva, no decorrer da vida, se ouvidas no último volume. Na verdade, isso já está ocorrendo, e é um problema mundial, já existem jovens com perdas auditivas que só ocorreriam em idade avançada. Imaginar avôs e netos passando no mesmo otorrinolaringologista, por causas diferentes, deve ser um cenário surreal para o médico. Quem quiser
continuar ouvindo música no volume máximo, com os fones de ouvido, por mais de
12 horas por dia, pode acrescentar uma nova “música” (ruído) à playlist: o zumbido, que é um dos primeiros
sintomas de perda auditava. Isso é bem pior que a mosca na sopa ou a mosca no
quarto a "zumbizar". É o zumbido no ouvido, sem mosca ou pernilongo. O pior de tudo, ele será ouvido, mesmo depois de estar sem os fones de ouvido.
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