Pendurar Uma Melancia No Pescoço é Para Os Fracos

        Trens e metrôs têm sido o palco móvel para as aparições mais originais, estranhas, inesperadas e bizarras. Pendurar uma melancia no pescoço, já foi um conselho àqueles  que queriam aparecer de qualquer maneira, mas, hoje em dia, esse conselho é para os fracos. É possível ir muito além disso, usando uma melancia, sem a polpa, como capacete. É um "anônimo" pop star misterioso, com os olhos em forma de estrelas, ou melhor, a melancia não tem sementes, mas tem duas estrelas. É uma melancia pop star, mas sem polpa star, pois a polpa foi retirada. Ele poderia ser um super-herói, mas quais poderes o Homem-Melancia teria. Ele poderia combater os enormes desperdícios de frutas nos entrepostos, dar um curso de como utilizar a casca da melancia para fazer doce. A Magali, da Turma da Mônica, seria a fã número 1 do Homem-Melancia. Assim como os inimigos do Homem-Aranha chamam-no de Cabeça de Teia, o Homem-Melancia seria chamado de Cabeça de Melancia. Ele também poderia apresentar um programa de entrevistas, entrevistando todas as frutas e pseudofrutos, onde elas contariam os benefícios delas para a saúde. A melancia, a fruta, é uma super-heroína, ela beneficia a saúde em, pelo menos, 11 categorias diferentes, desde que consumida, não usada como capacete. Como capacete, ela poderia proteger a cabeça do sol, no deserto, por exemplo, mas quem estaria carregando uma melancia no deserto, mesmo assim, depois de alguns dias, ela começaria a cheirar de azedo. Melancia e deserto parecem não ter relação, principalmente, quando pensamos que as melancias são constituídas de, aproximadamente, 90% de água. A melancia é  nativa da África, o local exato, acredita-se que foi no deserto de Kalahari. Foi em forma de hieróglifos que se deu o primeiro registro da colheita da melancia, no Egito, há 5.000 anos, aproximadamente. Os egípcios acreditavam na vida após a morte e que as necessidades terrestres continuavam na outra vida, devido a essa crença, alimentos e frutas eram colocados junto ao túmulo. Isso tem um lado muito cruel, que nunca é contado nos livros de história. Criados e animais de estimação eram sacrificados para servi-lo nessa vida pós-morte. Muito lamentável, bárbaro, inexplicável e injustificável. Sendo politeístas, os egípcios acreditavam em muitos deuses. As divindades, em forma de estátuas, com corpos humanos e cabeça de animais, eram muito comuns. Certamente, a melancia e outras frutas deviam ser veneradas e saboreadas, mas não ao ponto de ganhar uma estátua com corpo humano e cabeça de melancia. Sempre tem um folgado que come a melancia por cima, onde ela é mais doce, conforme se aproxima da casca, do fim, a melancia é menos doce. Além de poder ser usada como um capacete, quem sabe, a melancia possa aparecer junto com a abóbora, no Halloween, dando um ar mais tropical à Festa das Bruxas, acho que isso já deve ter acontecido no Hawaii. Há quem discorde da comemoração do Halloween no Brasil, defendendo que nós deveríamos usar a data com personagens do nosso folclore, um "Raloim" Policárpico ou Policarpiano (Policarpo Quaresma, nacionalista, patriota afetado que tinha aversão por coisas estrangeiras). Acredito que bruxas, sacis-pererês, zumbis, mulas sem cabeça, lendas urbanas, rurais, nacionais e internacionais possam coexistir pacificamente. O Conde Drácula já foi tão assimilado e imortalizado, bom, isso ele sempre foi, pela cultura norte-americana e britânica (Hammer Film Productions, uma antiga companhia cinematográfica britânica, especializada em filmes de terror), que o Drácula deveria receber o green card e o título de Sir, respectivamente. Todos que são fãs de seriados, filmes e desenhos norte-americanos, eu sou um grande fã, já estão muito acostumados com a data e as tradições do Halloween.  Os episódios referentes ao Halloween e Natal, cronologicamente, são sempre presentes, obrigatórios em desenhos e seriados. Antes que digam que eu só gosto do cinema norte-americano, gosto de alguns filmes europeus, gostei do filme: O Sétimo Selo, filme sueco de 1956; Asas do Desejo, Alemanha Ocidental, França, 1987. Atualmente, estou assistindo, pela Netflix, ao seriado norueguês, Lilyhammer, coproduzido com a  Netflix. Um mafioso faz delação premiada, com a condição de ser enviado para essa cidade da Noruega. Ele diz que mudaria, mas continua o mesmo, há um enorme choque cultural, muitas cenas engraçadas. Dizem que só se pode ver cabeça de bacalhau na Noruega, mas cabeça de melancia vimos nesta foto do post. A abóbora e a melancia transcendem questões culturais, elas pertencem à mesma família, Cucurbitáceas.  As Cucurbitáceas Concubinas seria um bom título para um filme, mas não seria popular. A Melancia Amante poderia ser um um drama romântico, com conspirações de salada de frutas, onde um Presidente perderia o mandato num escândalo. Melancias Assassinas seria melhor para uma banda. Como existem melancias com e sem sementes,  a Melancia "Macho" poderia dizer para a Melancia "Fêmea", a qual revelou estar grávida: "Como você está grávida, sou uma melancia sem sementes, fiz vasectomia, lembra?".

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