Mais uma cena inusitada, assim como dinheiro não dá em
árvores, as bicicletas também não. Como a bicicleta foi parar em cima da árvore
é outro mistério, mas não tão insolúvel quanto os desenhos formados nas
plantações do Reino Unido e em outras partes do mundo. Apesar de que os
extraterrestres já fizeram bicicletas voarem, pelo menos, no filme: E.T. - O
Extraterrestre, a cena clássica onde E.T. faz as bicicletas levitarem, assim
como a cena da bicicleta com a Lua cheia ao fundo, porém o modelo da bicicleta
da árvore e muito mais antigo do que o modelo das bicicletas do filme. Mais ou
menos, em 1983, as bicicletas do filme E. T. invadiram o Brasil, as bicicross, bicicletas de corrida, praticamente, idênticas às do filme, nas cores vermelha e azul, a Caloi Cross, o sonho de consumo da molecada do início dos anos 80, o outro sonho de
consumo era o videogame da ATARI. A relação E.T., o filme, e Atari, bom, melhor deixar para um outro post. Voltando a bicicleta da árvore, parece lógico
pensar que ela foi colocada nos galhos quando estes ainda eram pequenos, se foi
esse o caso, quem fez isso concebeu um projeto surrealista a longo prazo e
queria ser lembrando, ao que parece, voltar décadas depois e ver a bicicleta em
cima da árvore, para o espanto de quem passasse por ali. Ver uma bicicleta encostada no tronco da árvore é normal, mas em cima de uma, não. É uma explicação muito
lógica, também parece ser uma versão romanceada. Não se pode descartar que ela
tenha sido desmontada, e as partes tenham sido levadas, uma a uma ou até
inteira, com ajuda de mais de uma pessoa e remontadas lá em cima, fazendo um
corte no quadro da bicicleta, para que ele pudesse se encaixar no galho. Quem
sabe seja uma das bicicletas britânicas dobráveis utilizadas por paraquedistas
na Segunda Guerra mundial. Chamar de: a árvore de brincos ou de óculos, se
quisermos focar mais nas duas rodas, seria exercício de imaginação. Uma coisa é
certa, das dezenas ou centenas de árvores dessa região, a bicicleta
individualizou a árvore, ela pode, sem dúvida, ser usada com ponto de
referência ou encontro de casais. Perto da árvore com uma bicicleta pendurada
nela, não tem como errar!. Infelizmente, se não houver uma política séria de
replantio, as árvores começarão a ficar raras, e não precisará de uma bicicleta
pendurara nelas, para se sentir isso. É comum falarmos de pé de goiaba, pé de laranja ou de
qualquer outra árvore, frutífera ou não, mas árvores não têm pés, nem montanhas
têm pé. Mesmo com essa bicicleta lá em cima, a árvore não pode pedalar, ainda
que seja um pé de árvore, aliás, não sei de que pé é essa árvore, de qual
espécie ela é, ela não é uma árvore frutífera, porém a bicicleta está tão
estranha lá, quase tão estranha quanto uma fruta temporã, aquela que nasceu
fora de época. Seria uma boa desculpa para os pais adiarem a compra da primeira
bicicleta até juntar o dinheiro, o pai ou mãe dizendo que estavam esperando uma
árvore dar fruto de duas rodas, ou melhor, bicicleta, que tinha que colher a
bicicleta verde, pois era para criança, se deixar crescer, amadurece, vira
bicicleta grande para adulto. Vendo essa foto, dá para acreditar que é a
cegonha que entrega os filhos aos pais, quando ela não quer voar, vem de
bicicleta, que foi colhida do pé de bicicleta. O famoso slogan poderia ser: Não esqueça de colher minha Caloi!.
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