Muitos devem estar se perguntando: “crush” não era um
refrigerante sabores laranja e uva?. Sim, foi uma famosa marca de refrigerante.
Há um comercial disponível, no Youtube, de 1987. A Crush (bebida) ou o Crush
(refrigerante), não é mais fabricado no Brasil, quando era, as indústrias
responsáveis eram: Golé e a Pakera, ambas franqueadas pela multinacional Cadbury
Schweppes. O interessante é que a indústria Pakera, depois anos, tenha tudo a
ver com o atual significado de crush. Essa relação crush/paixonite foi
importada dos Estados Unidos, não surgiu da relação entre o nome da indústria
brasileira e um refrigerante que deixou de ser fabricado faz anos, mas a
relação entre o atual significado e a indústria Pakera, não deixa de ser interessante.
A expressão crush está tão disseminada
quanto a palavra trollar, aportuguesada com duas consoantes mesmo. Os famosos memes
de crush, da internet, com certeza, são responsáveis pela gíria inglesa se
espalhar. Numa tradução livre, crush
significa: “paixonite”; “quedinha”; “estar a fim”. Agora, que a palavra crush
está atualizada no tempo, a tirinha ficou compreensível. A decepção da menina
foi tanta que ela ficou com vontade de “sumir” do mundo. Esse sentimento não se
aplica apenas a decepções amorosas (mesmo aquelas que o amor nem aconteceu
ainda, as decepções amorosas platônicas), pode ser relacionado a outros sentimentos e outras metáforas, como
vontade de fazer um buraco no chão e ficar lá dentro por um tempo, ficar
congelado, criogenicamente, e ser “reanimado”, acordado, daqui 100 anos. A metáfora do tubarão é interessante, mas não
significa Jonas no estômago da baleia, o tubarão é mais um lugar para se ficar
quieto e esquecer da vida por um tempo ou “curtir” uma fossa com músicas
melancólicas ou ficar se torturando mentalmente, desconfiando que Universo está conspirando. O problema é quando o
metafórico estômago do tubarão se torna um lugar no qual se quer ficar por um
período maior de tempo. Uma cabana isolada numa floresta ou fugir para as
colinas, seriam outras metáforas semelhantes, assim como deitar na cama e ficar
olhando para o teto. Existe até mesmo quem queira, metaforicamente, que uma bomba caia e destrua todo o bairro. Com o tempo, essa frustração da paixonite aguda passa ou essa paixão inflamada frustrada passa, e a pessoa sobrevive, claro, todos do bairro, que não tem nada a ver com essa história, também.
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