Até o Drácula Se Assustou Com o Preço Do Alho

Recentemente, no interior do Acre, o quilo do alho chegou a custar R$ 31,00, em outra cidade, chegou a cifra insana de 38,00 reais, o quilo. Os consumidores ficaram mais assustados do que o Drácula. As cabeças de alho esquentaram a cabeça das pessoas. Ao contrário do Drácula, que, segundo a mitologia vampiresca, só entrava nas residências de humanos, se ele fosse convidado, o preço alto e a inflação estão invadindo as casas brasileiras, sugando e desvalorizando o salário da população.

Por que o Drácula sempre era convidado a entrar? Se ele dependia de um convite, podia ser proibido de entrar, mas ele usava um dos poderes ou habilidades, hipnotizar a pessoa e sugestioná-la a convidá-lo a entrar. Por esse motivo, pelo menos, à noite, nenhum vampiro foi barrado no baile ou balada ou onde quer que ele quisesse entrar, a não ser que, por engano, o vampiro entrasse numa central de abastecimento repleta de alho.

Nós não estamos hipnotizados ou sugestionados pelo dragão da inflação. Ele não tem esse poder. Cada ronco ou movimento brusco dele é sentido imediatamente no absurdo dos preços das prateleiras, contas, compras on-line, etc., não apenas do alho, do tempero, mais de muitos itens. O Drácula, ou um vampiro, era morto com uma estaca de madeira cravada no coração, pela exposição direta à luz do Sol, queimado.

Já o dragão da inflação não pode ser morto nem pelos meios registrados na mitologia que envolve dragões. Samuel Johnson disse: “Só há duas coisas certas na vida: a morte e os impostos.”  Ele poderia ter dito que há um dragão que é imortal, nunca morre, só hiberna e fica à espreita de uma oportunidade, esperando o momento de acordar: o dragão da inflação. Sem entrar na discussão entre o Drácula ficcional e o histórico. Vlad Dracul Tepes III, o empalador, que foi extremamente cruel e sanguinário.

Não só vampiros têm medo de alho, além do preço absurdo do alho, existe algo mais que pode assustar humanos que é relacionado ao alho. Existe uma fobia chamada alliumfobia, quem tem essa fobia entra em pânico ao ver uma cabeça ou dente de alho em qualquer alimento. A pessoa chega a correr para longe, fugindo mesmo do alho.

O saudoso ator da foto do posto, Christopher Lee, interpretou, durante a carreira, um Drácula convincente, emblemático e amedrontador. Ele também foi Saruman, na trilogia: "O Senhor dos Anéis". Em "Star Wars: Episódio II - Ataque Dos Clones" e "Star Wars: Episódio III - A vingança Dos Sith", Sir Christopher Lee interpretou o Conde Dookan.

Embora tenha ficado mundialmente conhecido pelo papel de Conde Drácula, o risco de ficar marcado, estigmatizado, pelo papel do vampiro foi grande. Isso aconteceu com o outro ator, falecido, o xará, Christopher Reeve, que carregou o peso do Superman, e da capa dele, nas costas. Christopher Lee, o Conde Drácula, parecia incomodado com o papel de vilão, ele interpretou Francisco Scaramanga, vilão na franquia 007, em declaração ao "Telegraph", ele disse: "Por favor, não me descrevam como uma 'lenda do horror'. Eu deixei isso para trás".

Drácula e Super-Homem já se enfrentaram num dos episódios do desenho animado dos Superamigos (Ep. 22: O Ataque do Vampiro - Superamigos - 3ª Temporada). Quando eu era criança, assisti, na Rede Manchete, a um desenho animado japonês (anime), chamado: Don Drácula, com terror e bastante comédia.

Durante a Segunda Guerra, o ator britânico, da foto post, serviu nas forças especiais. Ator, altruísta, cantor e fã de heavy metal. Para fechar com chave de prata (pois é, os vampiros, lobisomens e demônios também não gostam de prata). Há quem diga que a prata só é prejudicial ao lobisomem. Há uma obra de RPG que diz que é uma grande besteira acreditar que o alho é prejudicial aos vampiros, mas, na antiguidade, alho e prata eram usados para se proteger e afastar o mal.

Em obras literárias e adaptações para o cinema não seria impossível imaginar um bloqueador solar fator de proteção: 1.000.000.00 e um produto que torna o vampiro imune ao alho. É difícil bater o pé e afirmar, com absoluta certeza, quais são as regras de ser vampiro, quando se trata de lendas, lendas urbanas, mitos e folclore.

Eu deixo essa discussão vampiresca para os fãs da série “Diários de Um Vampiro”, que eu não acompanho, e para os fãs da: “A Saga Crepúsculo”, que eu também não assisti. Tanto os livros quanto as adaptações para o cinema e série são um enorme sucesso, mas destinados a um público-alvo que eu não me encaixo.

Em compensação, eu assisti: “Drácula de Bram Stoker”; “Um Drink no Inferno”; Blade, o Caçador de Vampiros; “Um Lobisomem Americano Em Londres (em Paris também)”; todos os filmes que Christopher Lee interpretou o Drácula; praticamente (como diria o Zé do Caixão) todos os filmes e séries sobre zumbis. Seria injustiça falar de vampiros, lobisomens e não citar os zumbis.

Apesar de, como eu disse, não ler nem assistir o diário e a saga, pesquisando sobre as novas ideias e soluções de como a literatura e cinema adaptam a mitologia vampiresca para as novas gerações, eu descobri quais foram as soluções para se resolver o problema do tempo nas cenas diurnas com vampiros, em: “Diários de Um Vampiro” a pedra preciosa usada em anéis e colares os protegem da luz solar, em “Crepúsculo”, os vampiros brilham, mas não queimam, quando expostos à luz do Sol.

Para não tornar o post longo (mesmo assim, ficou extenso...), evitei a explicação detalhada da diferença entre Drácula e vampiro, que não são sinônimos. Depois do susto do preço do alho, do absurdo do preço da réstia de alho, resta-nos a esperança de que vai voltar ao normal ou justo, mas não restam dúvidas de que as cabeças de alho enlouqueceram, pelo menos, antes do Carnaval.

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