Degrau Fantasma e o Choque De Realidade


 Essa experiência é desagradável, subindo ou descendo uma escada. Você está certo que há mais um degrau, então recebe um choque de realidade. O ritmo da descida é quebrado violentamente.

Por milésimos de segundo, a sensação é de caímos num precipício. Podemos até cair no chão, literalmente, perdendo o equilíbrio.

 Há uma “morte” súbita, um susto, porém voltamos à “vida”. O último degrau que você esperava pisar, simplesmente, era só fruto da sua imaginação. É uma quebra da expectativa física, real.

Não é tão grave como ficar sem chão, porém é ficar sem degrau. Na verdade, é o trauma de ficar com chão, repentinamente, quando você esperava existir o último degrau para pisar.

É uma trollagem com nossa percepção, sentido, realidade. Situação parecida acontece quando você precisa subir para seu quarto, quando acaba a força, e esquece o celular carregando lá em cima, não podendo contar com a lanterna.

A única vantagem de subir, no escuro, é que você tomará extremo cuidado. Testando os últimos degraus antes do topo. Na expectativa de que já tenham terminado, mas sem ter certeza, até colocar um pé e empurrar para frente.

Lembrei-me, no ensino médio, apesar dos avisos da diretora, professores, não era raro, estar voltando do banheiro, e ver um moleque descendo pelo corrimão da escada como se fosse o escorregador.

Na hora que batia o sinal, raro era os que desciam todos os degraus. Faltando uns três, já pulavam para no chão.

Quem teria inventado a primeira escada? Conforme o estudo de alguns historiadores, os egípcios e hebreus teriam inventando e aperfeiçoado as escadas 2000 anos antes de Cristo.

Elas tinham mais a função de enfeitar, ornamentar as tumbas e os monumentos, do que servir para alcançar o topo, degrau por degrau.

Por volta do século X, antes de Cristo, apareceram as escadas modernas em Atenas e Roma. Com certeza, com esse uso prático no dia a dia, muitos atenienses e romanos passaram pelo choque do degrau fantasma.

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