Segundo o CPEM*, Centro de Pesquisas e Estatísticas Meme, 87%
dos jovens têm #dor nas costas, os outros 13% não têm computador. Brincadeiras à
parte, a dor nas costas tem relação com a #má postura, pois, antes do computador
ser parte da nossa vida, sentávamos no sofá, na cadeira da cozinha, na cadeira da carteira da escola, na cadeira do escritório etc. Não vou entrar no mérito das
causas da dor nas costas, porque a questão é muito abrangente e as causas são
diversas desde, hérnia de disco, ciática, fibromialgia, até dor irradiada etc. Obviamente,
a dor nas costas é uma questão médica, de competência dos médicos, então, se
você acabou vindo parar nesse post por causa da dor nas costas, consulte um
médico. Com relação ao uso do computador e a dor nas costas, certamente, há um
relação. Todos nós sabemos, ou deveríamos, como sentar-se em frente ao
computador, com os pés no chão, postura ereta, como apoiar os braços ao
digitar. Eu procuro seguir essas recomendações, mas, algumas vezes, quando
percebo estou todo torto, apoiando o queixo com a mão, só os pés estão no chão e minhas costas não estão apoiadas na cadeira. Nós deveríamos fazer aquela parada de vez em quando, alongarmos, levantarmos, caminharmos um pouco. Nem sempre seguimos
isso à risca, mas deveríamos. Percebo que, por vezes, quando nos concentramos ou
nos distraímos, esquecemos de manter a postura adequada, o mesmo acontece na
poltrona ou sofá. Embora a referência do post seja a computadores de mesa, os desktops,
a má postura atinge quem possui notebook, tablet, ultrabook e dispositivos
móveis de última geração. Não é raro quem comece digitando sentado na cama,
mesmo a cama não sendo lugar para se sentar, e termine deitado, com o pescoço
torto. Um outro detalhe sobre o post, a correlação entre dor nas costas e uso
de computador abrange todas as faixas etárias, se tal pesquisa realmente
existisse ou fosse levada a cabo, teria que ser distinguida por faixas etárias.
A expectativa de vida cresceu no Brasil, talvez, uma nova nomenclatura deveria
ser implementada: a 4ª idade. O fato é que, independente da faixa etária, o
acesso à internet e aos meios utilizados para acessá-la vêm aumentando. Quando
eu era criança, um dos primeiros sonhos de consumo foi um bicicleta, depois um
videogame. Hoje, o primeiro sonho de consumo das crianças parece ser um tablet,
computador, claro, que já vem com um videogame também. Essa revolução que vem
acontecendo, antigamente, as crianças aprendiam a escrever, amarrar o tênis,
hoje, antes de aprender isso, já aprendem a jogar nos tablets. Parece que a
etapa lúdica do papel e lápis colorido acabou, na verdade, foi digitalizada,
foi para o mundo virtual. Com alguns dólares, através do tablet, compra-se um
software para desenho pintura e edição de imagens, pinta-se com os dedos, sem
sujá-los de tinta, e a obra-prima pode ser manda para a rede social. Os pais veem isso com alguma vantagem, principalmente, porque as
crianças não podem usar os gizes de ceras, canetinhas, lápis virtuais para
desenhar nas paredes da casa. Desenhar sobre o papel, pintar sobre a tela é uma
experiência e satisfação únicas que não podem ser comparadas aos softwares que
tentam emular (imitar) essa experiência. Sou adepto, defensor e usuário do Corel
Painter, Photoshop e dos programas vetoriais, porém, a experiência de desenhar
com lápis sobre o papel, pintar com tinta sobre a tela, a emoção, a satisfação
e o prazer não podem ser comparados aos programas que emulam o desenho e a
pintura. Quando você pinta ou desenha de verdade, coloca algo, verdadeiramente, seu ali, uma ínfima parte da sua essência fica ali registrada, mesmo que seja
um artista obscuro, desconhecido.
* O Centro de Pesquisas e Estatísticas Meme é ficcional.
Comentários