Chegar atrasado, quando a aula começou, tomar uma
advertência, ser suspenso, tirar nota vermelha, pontos negativos, suspensão,
repetir o ano e, o mais grave, a expulsão da escola. Alguns desses itens farão,
em algum momento, parte da vida do aluno em sua jornada pela vida estudantil,
até mesmo a combinação deles. Chegar atrasado e notas vermelhas parecem dois
dos itens que têm maior probabilidade de acontecer, em algum momento ou ano, na
vida do estudante. A maioria dos itens da lista é culpa exclusiva do aluno, com
exceção do chegar atrasado, isso pode ser relativo, se o ônibus quebrar durante
o trajeto, por exemplo, não se pode culpar o aluno por isso. Assim como há
péssimos alunos, existem professores ruins, como em qualquer outra profissão ou
atividade. Esquecer de fazer a lição de casa é um lapso que gera um momento
constrangedor, e pontos negativos. A questão é: será que a lição de casa foi “esquecida”
propositalmente, negligenciada ou realmente o aluno se esqueceu mesmo de fazer
a lição de casa, foi um esquecimento puro e sincero. Intencional ou não, esse
esquecimento tem consequências, gera pontos negativos, o que é justo, afinal, os outros colegas de
classe gastaram parte do tempo fazendo a lição de casa que tem como um dos
objetivos fixar a matéria que é dada na escola. Se essa ideia fosse passada
desde os primeiros anos na escola, de que a lição de casa é muito importante
para o aluno, os alunos parariam de achar que a lição de casa foi um jeito que
professor inventou para "torturar" o aluno ou tentar estragar o fim de semana. A expressão: “fez a lição de casa” generalizou-se, é
aplicada desde o empreendedorismo, até por técnicos de time de futebol e jornalistas. “Depois
de fazer a lição de casa, tal time melhorou”.
No geral, significa corrigir as falhas, aplicar os procedimentos,
diretrizes básicas e corretas para o desempenho satisfatório, antes de passar
para um nível mais complexo, é preciso fazer a tal lição de casa em qualquer área. Quando aquele
colega de classe pergunta se fosse fez a lição de casa, na verdade, ele não está
curioso, mas só querendo ver a sua expressão de espanto, caso não tenha se lembrado
de fazer. Vem aquele gelo no estômago, a reprovação dos amigos de classe, depois, os
olhares sádicos, só esperando a hora de a professora constatar que ele não fez
a lição de casa. As amizades da época de colégio são assim mesmo, seu amigo
adora quando você se ferra na sala de aula, mas ele sempre quer que você passe
de ano, afinal, a amizade continua na próxima série, se tiverem a sorte e caírem na mesma classe, na educação física, no
time de futebol. Não que ele deseje seu
mal, mas, ele quer valorizar o tempo que gastou fazendo a lição de casa, mas
você por lapso gastou esse mesmo tempo fazendo outra coisa, possivelmente divertida. É uma questão de justiça. Já os desafetos, eles sempre desejarão que você repita mesmo de ano. Quando o aluno lembra
por si só, já sentado na cadeira, que não fez a lição de casa, tudo que ele
quer é que ninguém comente sobre a lição de casa e vai rezar para a professora
se esquecer de verificar, mas os
professores sempre lembram, fica na agenda, caso esqueçam, os 98 por cento que
fizeram a lição de casa a lembrarão que é preciso verificar e corrigir em sala de aula. Essa segunda chance já deve ter acontecido, mas é raríssima, se professora e alunos se esqueçam da lição de casa, na segunda-feira, aquele que não a fez tem a chance de fazer, na terça-feira, sai ileso, mas isso é tão raro que chega a ser uma lenda urbana estudantil. Na sala de aula é: Aqui não se faz a lição de casa, aqui se ganha pontos negativos. É o karma instantâneo do magistério ou: "Aqui não se faz, aqui se paga".
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