Os diamantes são eternos, mas o
carvão usado na churrasqueira não é. Nas profundezas da terra, sob altíssimas
pressão e temperatura, depois de milhares de anos, os diamantes são formados.
Embora ambas as substâncias tenham a mesma composição, a diferença entre o
carvão e o diamante é simples de perceber. As metáforas são várias, o diamante
é um carvão que se deu bem na vida, sob pressão e temperatura altíssimas, ele
soube aguentar e teve a paciência de esperar muito e muito tempo. O pai carvão,
da ilustração, sob essa altíssima pressão,
“transformou-se” em diamante. Funciona bem para o carvão, mas para os
humanos a pressão, seja ela no trabalho, no desempenho de uma atividade, em
prazos é sentida e assimilada de diversas formas. Por exemplo, os soldados peritos
em desarmar bombas, trabalham no limite da pressão, uma profissão ou atividade
que exige nervos de aço. A história mostra vários exemplos de pessoas que
assumiram cargos públicos ou executivos de grandes empresas que não conseguiram
ou suportaram aguentar tanta pressão, outros se sentiram tão pressionados por
escândalos que apelaram para medidas extremas, o suicídio. Pode-se comparar à história do bambu que sabe ser flexível sem se quebrar, aguentar uma forte
pressão e sair dela se sentindo um diamante parece bem motivacional. Além do
Super-Homem, que consegue transformar o carvão em diamante, aquecendo-o com a
visão Raio-X e apertando-o com as mãos, algumas empresas conseguem produzir o
diamante artificial a partir do grafite, que também é carbono. Na Flórida,
Estados Unidos, uma empresa está faturando alto com o diamante artificial, um
diamante e colocado numa cápsula de grafite, em
seguida, submetidos a uma pressão equivalente a de uma montanha, a
temperatura derrete ambos e o diamante real começa a transformar o grafite em
diamante, o processo completo dura 4 dias, o resultado é tão espantoso que
somente um especialista munido de um microscópio consegue diferenciar um
diamante artificial de um natural. O dono, ou donos dessa empresa, explicando
em que trabalham deve ser interessante. Eles não lapidam nem comercializam
diamantes numa joalheria, eles “fabricam” diamantes. Obviamente, são
comercializados, vendidos, mas não extraídos do subsolo, mas sim das
incubadoras. Infelizmente, não há uma franquia dessas incubadoras, já pensou, já pensou um Merchandising dizendo: "Fabrique em casa seus próprios diamantes, seja um novo rico, agora mesmo!". Eles
realizam o sonho dos antigos alquimistas, transformar o chumbo em ouro, no
caso, grafite em diamante, com uma pequena ajuda de um diamante verdadeiro, é
verdade. Não se pode falar em diamantes sem citar o filme estrelado por Marilyn Monroe: "Os Homens Preferem as Loiras" (1953), e a famosa música: "Os Diamantes São os Melhores Amigos das Garotas". Antes de se eternizar como símbolo sexual, Marilyn Monroe fez uma propaganda extra e materialista sobre os eternos diamantes, mas os que ela usou, enquanto cantava, eram todos fakes, de vidro. Ela também cantou, talvez, o melhor Parabéns Pra Você já visto, tão impressionante como se ela tivesse saído de dentro do próprio bolo. Musicalmente falando, os diamantes mais famosos são os da Lucy In The Sky With Diamonds, música dos Beatles. Lucy No Céu Com Carvões soaria estranho, a não ser que ela estivesse usando os carvões para desenhar.
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