Há 70 anos, acontecia o maior desembarque anfíbio da
história, o Dia - D, codinome: Operação Overlord. O Mais Longo dos Dias. Os
Aliados desembarcam na Normandia, muitos deles sacrificaram a própria vida para
que o sonho de Adolf Hitler, de implantar uma nova ordem mundial, morresse na
praia, e morreu. Nesse dia, as águas ficaram vermelhas de sangue, o sacrifício
desses homens repousa nas mais de 9.000 lápides de mármore branco no Cemitério
e Memorial da Normandia, próximo a um dos setores mais sangrentos da batalha, o
setor Omaha, praia de Omaha, que foi de responsabilidade dos americanos, também
coube aos americanos dar combate no setor Utah, além deles, nos outros setores
das praias da Normandia: Juno, Gold e
Sword, havia: ingleses; canadenses; franceses; poloneses; belgas;
neozelandeses; holandeses, além de voluntários de outros países. Nós tomamos
contato com a Segunda Guerra Mundial no conteúdo programático do ensino médio,
depois, ao prestar vestibular ou ENEM. Costumamos cometer o erro de achar que
os eventos ocorridos na Europa estavam distantes da América do Sul, documentos
recentes, da inteligência, demonstram que a infiltração nazista na América do
Sul estava sendo implementada. Se não tivesse havido o Dia - D, a retomada da
Europa ocupada pelos nazistas, o mundo não seria nada parecido com o que
conhecemos hoje. Os jovens que morreram
nas praias da Normandia foram pegos num dos momentos mais sinistros da história
da humanidade, ao invés de estar pensando em qual profissão seguir ou
aproveitando a juventude, eles desembarcaram na boca do inferno na terra,
muitos tiveram a vida interrompida aos dezoito, e aos vinte e poucos anos, muitos
mentiam a idade, para se alistar na luta contra o nazismo. Os sobreviventes do
Dia - D, os veteranos, tentaram seguir em frente. Não foi só uma guerra que
decidiria o destino da Europa, o destino e a liberdade do mundo dependiam
desses soldados. Há um discurso motivacional aos soldados do Dia - D que resume
bem a responsabilidade: “Os olhos do mundo estão sobre vocês”. Convém lembrar que o maior número da baixas
dos soldados aliados, durante a Segunda Guerra, foi no Exército Vermelho, da
ex-União Soviética. Jô Soares diz algo
que eu concordo plenamente, foi uma guerra que havia dois lados distintos: o
bem e o mal. A Segunda Guerra nem havia terminado, já havia começado outra: A
Guerra Fria. O mundo ficou confuso, o bem e o mal ficaram difíceis de distinguir.
Algumas postagens anteriores, há um post sobre um veterano que retornou a praia
de Omaha, é comovente a foto, ele ajoelhado na praia, agradecendo por ter saído
de lá vivo. A guerra é uma das maiores bestialidades da espécie humana, mas quando
alguns tentam dominar o mundo pela força, pelas armas, pelo preconceito, pela
ignorância, pela covardia ou por qualquer outro meio. Algo deve ser feito para impedir. O Dia - D significou isso, foi o começo do fim das ambições de uma besta humana chamada Adolf
Hitler. Esse post é um meio simples de homenagear essas pessoas que
sacrificaram a vida pelas gerações seguintes, as gerações do mundo inteiro.
Entender pelo que eles lutaram e morreram, reconhecer, agradecer a esses
corajosos “estranhos”, quase esquecidos pela poeira do tempo, é mais
importante que depositar uma flor ou coroa nas lápides de mármore branco na
Normandia. As flores murcham e desaparecem, mas as lembranças são eternas. Aos que lutaram na Normandia, aos que lutaram contra o nazismo, aos que sobreviveram, aos que morreram, minha eterna gratidão.
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