Adesivos família, família grude, família feliz esses
adesivos viraram moda. Uma forma de exteriorizar o carinho pela família, alguns
trazem até os animais de estimação, profissões, etc. Há catálogos para que cada
família possa personalizar o seu, até aumentando, posteriormente, o número de membros da família. Colado na parte traseira do veículo,
eles trazem humanização ao trânsito, inclusive, há alguns até com ilustrações
estilizadas de grávidas, ou seja, antecipando o futuro adesivo bebê a bordo.
Por falar nisso, havia um adesivo em inglês dizendo: “Adultos a bordo. Nós
somos adultos e também queremos viver”.
Os adesivos família grude ou família feliz viraram moda nos Estados Unidos, e no Brasil
também. O adesivo família grude é criativo, engraçado, não há nenhuma dúvida
quanto a isso, porém, a Polícia faz um alerta, o adesivo família feliz traz
informações sobre o condutor do carro que podem ser usadas para planejamentos
de crimes pelos marginais, por exemplo, se aparecem dois filhos, o
marginal pode seguir o carro, sabendo que a mãe ou pai podem estar indo pegar
os filhos na escola, com essa informação, os marginais podem executar
sequestros e uma variedade de crimes, somente com a informação de um simples e
inocente adesivo colado na traseira do veículo. Além dos humanos, até os
animais de estimação podem virar vítimas de um sequestro com pedido de resgate. Como o veículo
circulará por diversos locais, o condutor ou motorista deve estar consciente
desse risco, ao colar um adesivo família feliz no carro. Embora seja febre nos Estados Unidos, o
adesivo família feliz está longe de ser um unanimidade, não por uma questão de
segurança, mas porque alguns acreditarem que aquele adesivo, nem de longe, reflete
a realidade daquela família e são excessivamente melosos. Há os adesivos antifamília feliz, onde as
ilustrações estilizadas, ou bonecos palitos melhor elaborados, são
caracterizados com problemas, por exemplo, o que representa o pai, bebendo, e as
crianças retratadas como delinquentes ou rebeldes sem causa, possivelmente, alguém que não
tem família, e não quer constituir uma,
ou alguém que acha que esses adesivos, pelo menos alguns deles, são pura
hipocrisia e falsidade. Nesse da foto, por exemplo, papai deve ter aprontado
alguma, a julgar pelo modo violento como a mamãe arrancou, talvez, à unha. O adesivo, papai saiu
do vidro do carro para estar em maus lençóis. Será que papai foi infiel e foi
“limado” da família. Será que foi um divórcio litigioso?. Restaria agora um
lugar no coração da mamãe e no vidro do carro, para um novo papai, digo, um
padrasto. Como poderá ser representado um
padrasto nessa nova configuração do adesivo família feliz?. Existem
padrastos bons e ruins, as crianças poderiam fazer essa representação de duas
maneiras: Se o padrasto for bom, o novo desenho estilizado do pai é colocado
sem legendas, normal, como antes, mas, se o padrasto for mau, talvez, eles devem
colocar uma legenda: “padrasto a bordo”. Assim como as famílias têm problemas,
os tipos de adesivo família feliz podem variar: família feliz; família quase
feliz; família infeliz. Podemos pensar que ninguém vai querer expor os
problemas familiares em adesivos, mas, no caso desse da foto do post, parece
que o papai ou marido tem culpa no cartório, não seria exagero dizer que isso
foi uma punição em forma de adesivo, se foi esse o caso. Para meio entendedor, a ausência da figura do papai no adesivo, basta. No Antigo Egito, uma das maiores afrontas
que um faraó, sacerdote ou outra figura eminente podia sofrer, era ter seu nome
ou representação artística
(representação da imagem) riscada ou apagada dos muros e construções. Não era
só uma afronta pessoal, ou as primeiras manifestações da vandalismo, eles acreditavam que, ao riscar e apagar o nome deles das
paredes e monumentos, eles seriam prejudicados na “outra vida” interrompendo
todo o complexo processo que eles acreditavam existir depois da morte. O maior pesadelo,
no caso dos faraós, sem dúvida, eram os ladrões de túmulos, tanto é que acessos
falsos e labirintos eram construídos com
o objetivo de enganar os profanadores de túmulos. Um fato muito interessante, descoberto
incompleto em ruínas, era que a representação das figuras eram esboçados nas
paredes, depois, eram corrigidos, por algum artesão muito habilidoso em desenho, o que se pode chamar hoje de line art
(contorno, tracejado), em seguida, colorizados, pintados. Isso há 5000 anos atrás, ou seja,
eles já aplicavam o esboço, line art, colorização. Se alguém tivesse tido a
ideia de representar a família feliz do faraó, pintando-a na biga, teria muito
trabalho. O “adesivo” família feliz, de Ramsés II, por exemplo, constaria de 8 esposas,
rainhas oficiais. Entre esposas "filiais" e concubinas, mais de 100, e do fruto
da longevidade dele, 90 anos bem vividos, nasceram 200 filhos.
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