Estas fotos, da MRC, demonstram o resultado do Eye Tracking,
sensores captam os movimentos dos olhos, enquanto uma foto, imagem, anúncios,
websites são mostrados para as pessoas. Esse monitoramente, rastreamento do movimento
dos olhos, estuda como é a interação das pessoas com documentos, textos,
imagens na web. São muitas metodologias e métricas, interpretações e leituras,
claro, não é possível tratar delas num simples post, nem é apropriado, para os
objetivos do meu blog, tratar o assunto
tão técnica e detalhadamente. Como o resultado do Eye Tracking, há o Heatmap
(mapa de pontos quentes). As áreas em vermelhos
são onde as fixações visuais são mais concentradas. Descobriu-se que
homens e mulher reagem diferentemente quando veem o mesmo conteúdo na web, por
exemplo, na primeira imagem, os homens se fixaram mais no rosto e corpo da
mulher, enquanto as mulheres se fixaram, além disso, nas outras partes do
anúncio. Ainda na primeira foto, as mulheres olharam mais para o torso, seios e abdômen, o que supõe uma comparação com os próprios corpos delas.Tentando
descobrir se tem silicone, vendo a barriga de tanquinho ou se ela pode ter
feito lipoaspiração, é uma leitura possível. De acordo com o portal do Online Journalism
Review , quando homens e mulheres veem a foto de uma pessoa num site, ambos
olham para o rosto, porém os homens olham para as partes genitais, mesmo a foto
sendo de um animal ou de uma extraterrestre.
O infográfico, no rodapé da primeira foto, vai de menos atenção, para mais atenção, sendo
a cor vermelha o indicador de onde a atenção teve o ponto mais alto. O padrão
de atenção visual, quando os homens observam a imagem é o da esquerda, e o das
mulheres é o da direita. A segunda
imagem, a do shampoo Sunsilk, mostra como tudo muda, quando a modelo passa a
olhar para o produto, um rosto lindo ajuda muito, mas para onde os olhos da
modelo estão olhando, faz toda a diferença. O fato de a modelo olhar para o
Shampoo fez o mapa de áreas quentes mudar completamente, o produto, o Shampoo, que é o que os publicitários queriam que aparecesse, teve atenção especial das
fixações dos olhares, assim como o rosto da modelo, principalmente, os
olhos, e o título gritado (verbo no imperativo, compre, experimente, faça, desperte) que numa tradução
livre poderia ser: “Desperte o vermelho em seus cabelos”. O modo como o
internauta “varre” com os olhos uma página da web ou o conteúdo na internet é
totalmente diferente de como o faz com a tradicional versão impressa em papel. O que certamente acontecerá, já deve estar acontecendo, é que o padrão em F seja aplicado na publicidade impressa, pelo menos uma tentativa de "enganar" os olhos dos internautas tornar o panfleto, flyer ou folder mais agradável. Nos Estados Unidos, a publicidade na web já superou a publicidade impressa. O famoso
padrão em F de varredura dos olhos que o internauta usa, e as variações, já são bem conhecidos. Não
basta, a partir do arquivo para a versão impressa, gerar outro arquivo para disponibilizar na internet, a versão on-line. O layout da versão on-line precisa se adequar ao Heatmap do Eye Tracking . Isso é de muito interesse para
as áreas de publicidade, webdesigner, comunicação visual, etc. É bom lembrar que essa ferramenta sozinha não faz milagre,
deve ser usada de forma complementar, mas saber as áreas “cegas”, sombreadas,
onde a chance do conteúdo, foto ou anúncio ser menos vistos é uma informação de vital importância. Isso faz a experiência do internauta ser agradável, ao visitar nosso site ou
blog, aumenta as chances de eles retornarem, a recorrência do visitante. São poucos segundos para prender a atenção do
visitante, se ele não achar o conteúdo que está buscando, rapidamente, ele
simplesmente sai do blog. Testar nosso site ou blog com o aparelho de eye
tracking, o qual fornece um scan path dos movimentos oculares e no blog ou
site, para um grande número de voluntários seria, além de muito caro, seria inviável. Se
você procurar no Google por “heatmap free”, aparecerão sites onde é possível
conseguir uma análise gratuita do site ou blog, cruzando o conteúdo e layout com as áreas conhecidamente quentes do Heatmap, alguns oferecem uma versão
Trial, para usar durante um tempo gratuitamente. O site no qual eu testei o heatmap do meu blog, gratuitamente, não existe mais. O título da postagem também poderia ser: "O Que os Olhos Veem, O Heatmap Sente".
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