Originalmente,
esta mensagem estava riscada, em inglês, no chão de alguma calçada. Achei muito
interessante e resolvi traduzir. Além das alterações físicas causadas pelas
emoções, tomar decisões e fazer promessas sob o domínio delas pode gerar
arrependimento e falta de cumprimento das promessas. As decisões tomadas com
raiva podem trazer consequências que serão lembradas e amargadas pelo resto da
vida. Saber o que motivou a pessoa a riscar essas reflexões, na calçada, é outro
mistério, seria um aviso para os demais, uma confissão de uma atitude tomada
com raiva ou uma promessa que deixou alguém desapontado, frustrou as
expectativas. Seja como for, essa mensagem já deve estar apagada da calçada,
pois estava riscada com carvão, mas o pensamento, que é universal, está salvo
na tradução e na perspectiva. Nós o lemos, mas será que conseguiremos nos
lembrar deles, quando realmente farão a diferença, colocar em prática um
ensinamento, uma mensagem. Não restam dúvidas que nem sempre é fácil. Difícil é livrar-se da
cegueira da raiva. Fácil é fazer uma promessa impossível de realizar, quando se
está empolgado. Quantas daquelas promessas de fim de ano conseguimos cumprir.
Quantas vezes deixamos a raiva nos atrapalhar. Era só uma calçada de cimento,
fria, indiferente, que não dizia nada, apenas onde os pedestres deviam
caminhar, até algum escrever nela o pensamentos do dia, se houver iluminação, alguém poderá ler à noite também. Cada pessoa que ler essas duas
frases, tentará ver onde elas podem ser aplicadas, na vida pessoal ou
profissional, num relacionamento, etc. Uma decisão precipitada, com raiva, pode desencadear
uma série de eventos ruins. Ao que parece, existem mais decisões a serem
tomadas do que felicidades a serem vividas. A julgar pelo número de pessoas infelizes, muitas decisões ruins foram tomadas, querendo o melhor, mas a curto, médio ou longo prazo mostraram-se péssimas. Há decisões que são tomados por outros que nos afetam diretamente, assim como a indecisão nossa ou de outros poderá geral algo ruim, a decisão errada, e a inércia por não decidir. As situações que se resolvem "sozinhas", geralmente, não são das melhores. Raramente, as decisões e promessas são neutras: a decisão não foi boa nem ruim, a situação ficou na mesma, ou alguém esqueceu da promessa feita, ou já a fez para si mesmo, sem muita certeza que seria cumprida, prometer sem convicção. Se pensarmos que uma promessa que
não será cumprida poderá gerar raiva tanto para quem fez, por não cumpri-la para si mesmo, no futuro, ou por não poder
cumpri-la para outra pessoa. Essas duas
frases da calçada poderiam ser misturadas entre si, algo como: “Não tome decisões, quando está
feliz” (a pessoa está feliz com um aumento de salário, resolve fazer uma dívida,
que, infelizmente, não poderá pagar, no futuro, onde estará desempregada, por uma crise econômica, como a de hoje); “Não faça promessas, quando
está com raiva” (prometer, com raiva, que nunca mais fará algo, mas, no futuro,
repetir aquilo, por exemplo, prometer que nunca voltará a algum lugar, mas reconhecer que está lá). A mistura das frases é válida, porque a mensagem, na calçada, tanto a original quanto a traduzida, é de que
tomar decisões e fazer promessas, quando se está dominado por emoções, não é
uma boa ideia, podendo trazer arrependimento e vergonha no futuro. A dificuldade é tirar esse ditado do cimento da calçada e memorizá-lo, aplicá-lo no dia a dia. É o velho dilema entre razão e emoção, e o
arrependimento recorrente de ter dito ou feito algo com raiva, só dizer aquilo
por estar com raiva. Quem sabe, conseguir dosar um meio-termo, um caminho do
meio, Budista, uma terceira via, entre duas estradas bipolares, frenéticas do nosso dia a dia. Como sempre, falar (digitar,
teclar) é fácil...
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