Esfinge de Gizé, não, Esfinge do seu Zé. Se o seu Zé não
pode ir até as areias do deserto, ele pode ir até as areias da praia. Ele finge
ser uma esfinge, zelando e observando. Cabeça humana, corpo de leão.
Seu Zé não esqueceu de reproduzir, em areia, uma das
pirâmides. O leão representa poder, sabedoria, principalmente, guardião, sentinela
de lugares sagrados na mitologia egípcia, mas, em poucas horas, seu Zé não será
capaz de proteger nem o corpo de leão da escultura de areia que ele faz parte,
nem a pirâmide.
Se for um feriado prolongado, ele vai se esvair, e a areia
voltará a se espalhar pela praia. Cabeça de homem, corpo e coração de leão. É
preciso ter muita coragem para enfrentar horas no trânsito para chegar à praia.
A Esfinge de Gizé foi esculpida num único bloco. Permaneceu
encoberta pelas areias do deserto durante muito tempo, castigada pelo passar
dos milênios, foi restaurada. Os traços da cabeça da esfinge (a original)
seriam baseados no faraó Quefrén ou no irmão dele Djedefré?
Se o seu Zé tiver um irmão, essa dúvida não existe. A
esfinge não foi baseada no seu Zé, ele é a própria esfinge, parte dela. Só o
que foi esculpido em pedra pode durar milênios, mesmo assim, precisa de
restauros ao longo do tempo.
Brincar de ser enterrado na areia da praia e fazer castelos é
comum, mas o homem da foto se enterrou de maneira faraônica. O problema é que a
inocente areia pode conter bactérias que causam diarreia, dor no estômago e
vômito, além disso, fungos que causam frieira, há ainda o risco de contrair a larva
migrans (mais conhecida como bicho geográfico).
Bactérias e fungos não se importam com reis, rainhas, faraós e presidentes. Súditos e plebeus estão sujeitos à contaminação. Por falar em
bactérias e fungos, as misteriosas mortes dos exploradores que participaram da
escavação da tumba do faraó Tutankamon foram chamadas de: “A Maldição do Faraó”.
A explicação científica é que eles foram contaminados por fungos.
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