O apagador do futuro viaja no tempo para apagar os erros do
passado das pessoas e salvar o mundo. Passar a borracha nos erros evitaria a
cascata de acontecimentos terríveis, que colocariam a terra em risco.
Erros ou péssimas escolhas que repercutiriam no mundo seriam
apagados, mas não aqueles que atingem poucas pessoas. O sonho de poder “apagar”
acontecimentos do passado e reescrever a história é muito antigo.
Ao contrário do filme: O Doador de Memórias, O Apagador de memórias
faria pessoas, dias, meses e anos desaparecerem da memória para sempre, claro,
se alguém quisesse. Nesse caso, seria um pedido da pessoa, e o Apagador de
Memórias teria muito trabalho.
Aprender com os erros faz parte da vida. Não os repetir no
futuro é a lição que fica. Se um erro for cometido, que seja inédito, não
repetido, menos mal. Existem memórias que poderiam ser "deletadas" sem prejuízo
de aprendizado e evolução.
A foto do post poderia ser usada numa campanha para
exterminar o analfabetismo, o funcional também. O verbo apagar vem perdendo
força. O aportuguesado deletar é usado para tudo: “Deleta o que eu disse! ”; “Esquece
isso! Deleta!” É muito comum ouvir.
Estranhamente, o famoso dos anos 80: “Caiu a ficha” continua
sendo ouvido, de vez em quando, apesar de os cartões telefônicos existirem faz
tempo e os orelhões estarem, atualmente, praticamente esquecidos.
O lápis borracha, a “lapiseira” borracha (com refil), o
famoso e criativo lápis com borracha na ponta foram, e são, companheiros
inseparáveis de alunos e desenhistas, mas tiveram que aprender a conviver e, às
vezes, trabalhar junto com as ferramentas de desenhar, apagar, e pintar dos
programas vetoriais e de edição de imagens dos dispositivos móveis de última geração.
O autor dessa montagem deu destaque à borracha, que virou o
título do filme, contudo é claro que a borracha está na ponta no lápis 2B
(apropriado para esboços), o que se pode concluir que o Apagador do Futuro não
vem só apagar, mas esboçar também. “Esboçador” (palavra inexistente) Do Futuro
caberia bem também.
A arte e conhecimento são mais poderosos do que armas seria
outra interpretação possível. As armas podem assassinar artistas e autores, mas
jamais a arte e o ideal deles.
Não será fácil encontrar um apontador para esses lápis. Um facão bem afiado ou uma machadinha serviriam para apontá-los. Colocar esses lápis atrás da orelha, nem pensar.
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